Meus Relatos

29/04/13

Um balanço geral. O curso está chegando ao fim. Terminamos as atividades na semana em que fui viajar. Fiquei fora 10 dias, no entanto, achava que tendo acesso à internet conseguiria continuar fazendo-me presente no Edmodo incentivando os participantes a terminarem suas atividades. Ledo engano kkkkkkkkkkkk. Depois de tantas palestras a assistir, à noite estava exausta. Resultado: vi que o pessoal deu uma relaxada geral. Dei o prazo até final de abril para o encerramento das atividades.

Assim que retornei, enviei um e-mail relembrando a todos o prazo e oferecendo minha ajuda na execução das atividades finais, caso precisassem. E logo, logo, os alunos começaram a reaparecer. O momento que tenho mais achado interessante é a auto-avaliação e a avaliação do curso. Posso aprender muito com cada feedback, já que é lado do aluno me interessa tanto. No geral, tenho percebido que o pessoal gostou do curso, achou as atividades relevantes, inclusive vários expressaram a vontade de explorar mais tarde outras ferramentas que não tiveram tempo de explorar durante o curso. Por esse motivo, desde o início, tinha como objetivo manter a plataforma aberta para futuras consultas e referências, afinal o curso também teve grande contribuição deles.

Um feedback que me fez pensar muito e está de acordo com meus desejos como moderadora online e educadora é tornar a experiência de aprendizado menos centrada em mim e mais nos participantes. Sinto que me conectei bem com os alunos; parece que minha presença como docente foi razoavelmente bem trabalhada facilitando minha relação com cada um deles. A meu ver, a interação professor - aluno  e aluno- professor foi rica, entretanto, a interação entre os participantes ficou um pouco a desejar. Algumas pessoas se conectaram, outras não. Como eu poderia ter estimulado mais este tipo de conexão? Tenho lido muito sobre atividades colaborativas e cooperativas com a intenção de visualizar alternativas de atividades online que de alguma forma coloque os alunos em contato direto uns com os outros. Acredito que só assim, uma verdadeira comunidade de aprendizagem é criada.

05/03/13




Tempo, essa questão tempo me intriga bastante, principalmente ao falarmos de um curso que envolve momentos síncronos e assíncronos. Participantes de cursos online têm a flexibilidade de se dedicarem ao curso quando podem, e o grande problema parece ser gerenciar esse tempo e priorizar o momento de estudo online. 

No nosso caso, pedi aos participantes do curso que pensassem em sua rotina semanal e estabelecer um quadro do google docs seu horário de estudo. Nem todos completaram mas pelo que pude perceber o pessoal tem se dedicado às atividades próximo ao final de semana, o que é bem compreensível, professores ocupados dando aulas durante a semana acabam tendo somente finais de semana "livres".  O livres está entre aspas, por que aqui penso nos professores que poderiam estar em tantos lugares se divertindo e estão ali em nosso ambiente virtual dedicando-se a aprender um pouco mais.

Eu, no entanto, como moderadora online, sinto-me um pouco confusa em relação a essa questão tempo. Gosto de dedicar parte das minhas manhãs para ler e responder e-mails e ver como meus alunos estão, tiro o final de semana pra me desconectar um pouco e curtir minha família e passear um pouco. Com este curso em especial, tenho percebido que tudo fica muito calmo durante a semana e quando chega sexta-feira, as postagens começam a aparecer, os pedidos de ajuda começam a chegar e eu sinto que minha presença é necessária exatamente durante esse período em que começaria a me desconectar. 

Em aulas presenciais, quando encontramos problemas, temos a facilidade de estarmos frente a frente com o professor e colegas e poder expressar nossas dúvidas imediatamente. No ambiente online, não é assim. Como a maior parte de nossa comunicação é assíncrona, cada um está envolvido com o estudo em momentos diferentes, no entanto, pela rapidez com que vivemos e obtemos informações neste mundo de internet, sinto em mim e em outras pessoas uma certa urgência e ansiedade em ter nossos desejos atendidos. Quantas vezes mandamos um e-mail ou mensagem de texto para alguém e como a pessoa não nos responde na hora, acabamos mandando de novo? Hoje esperar alguma horas por uma resposta é MUITO TEMPO. 

Lembro-me de que quando vivi no Estados Unidos em minha adolescência, escrevia cartas para meus pais diariamente pois telefonar era muito caro e claro, naquela época do início dos anos 80 não existia computador. As cartas demoravam semanas pra chegar e muitas chegavam acumuladas. Estávamos acostumados a esperar.

Voltando ao nosso curso, percebo em mim um dilema. Quero ter meu tempo de descanso mas tb sinto que preciso estar presente. A cobrança de minha presença não é de ninguém mas de mim mesma. 

26/02/13



Viver esta experiência tem sido bem interessante. Pela primeira vez, sou moderadora de um curso online em Português, e eu que nunca dei aulas em Português, estou me encontrando em minha própria língua materna.


Outra experiência nova pra mim também é utilizar o diário reflexivo com meus alunos. Semestre passado, vivenciei a utilização deste tipo de diário com a professora Maria Inês Felice, na Universidade Federal de Uberlândia. No início, estranhei um pouco sem saber muito o que dizer mas ao longo do semestre, gostei muito da comunicação que se estabeleceu entre mim e a professora. Eu podendo auxiliá-la a entender meu processo de aprendizado relatando minhas impressões, dúvidas e reflexões e ela desenvolvendo um diálogo comigo. Percebi a ferramenta poderosa que o diário reflexivo pode ser para a pesquisa.

Esta semana, os participantes do curso online iniciaram seu portfolio online e escreveram pela primeira vez suas reflexões. Como deixei a critério de cada um, alguns preferiram publicar o diário publicamente em seu próprio portfólio, outros enviaram para mim no Edmodo por mensagem direta e outros escreveram suas reflexões no Edmodo, compartilhando com o grupo. Acho importantec ada um ter a liberdade de decidir com quem quer compartilhar suas reflexões.

Um problema que estou prevendo será a organização destes diários para consequente análise. Terei diários para observar em três espaços diferentes. Outra questão que terei que decidir depois também será a escolha dos participantes de pesquisa. Bom, eu aqui passando o carro na frente do boi, pensando na pesquisa ao invés de estar vivendo a experiência.

Voltando aos diários, gostei muito de ver o curso pelos olhos dos participantes. Alguns relataram suas dúvidas, suas frustrações, a falta de tempo para se dedicar ao curso e o dilema na organização do tempo. Vários falaram de suas vidas pessoais entremeadas à vida profissional e pude conhecer cada um melhor.

As dificuldades técnicas foram sendo resolvidas uma a uma, seja por meio de ajuda no skype,  gravando e enviando tutoriais ou trocando mensagens no facebook. Meu espaço como professora do curso se expandiu por todos os lados (rs), recebi pedido de auxílio, pelo edmodo, pelo skype, pelo email e pelo facebook. Bom, uma das vezes uma participante enviou uma mensagem por facebook expressando frustação por não ter conseguido postar um documento mas pouco tempo depois enviou nova mensagem dizendo que havia conseguido resolver o problema sozinha. E assim, fomos caminhando pela semana 2.

De terça-feira até sexta-feira, nossa plataforma de comunicação ficou muito quieta, sem movimentação ou mensagens. Fiquei ansiosa com esse silêncio virtual, pensando será que estão com problemas, será que desistiram, será que estão muito ocupados ? Eu ali sentindo falta da presença social. Tivemos 2 desistências, a justificativa foi falta de tempo para se dedicar às atividades. Não sei se foi isso mesmo mas foi a justificativa dada. Peninha, queria tanto que todos chegassem até o fim.


18/02/13



A primeira semana de curso já se foi. Devagarzinho, cada participante foi entrando e dando o ar da graça. E logo de início percebi algo que também notei em cursos anteriores em que fui moderadora.


Primeiramente, recebi o e-mail de uma aluna dizendo que estava tendo problemas para entrar em nossa plataforma de comunicação e que estava pensando em desistir pois não queria atrapalhar o andamento do curso. Fiquei surpresa pois já havia enviado mais instruções à mesma aluna tentando ajudá-la. Percebi que não estava conseguindo entender qual era o problema da aluna e sugeri então nos falarmos por skype para auxiliá-la. No mesmo dia, nos adicionamos, a ligação foi feita e o problema resolvido.

O interessante é que todas as instruções que dei via skype foram as mesmas que estão em formato de texto no wiki do curso, inclusive com imagens. A mesma dificuldade foi exposta também por outra participante durante nosso primeira aula síncrona. Fui repetindo as instruções , mostrando imagens passo a passo e a aluna conseguiu entrar na plataforma. Me pergunto, de 20 alunos 2 não conseguiram compreender as instruções escritas. O que terá sido a dificuldade?

Em um curso anterior em que fui moderadora, uma vez tive uma aluna que queria desistir pois não estava conseguindo iniciar o curso. Felizmente, moramos na mesma cidade e combinei de encontrá-la pessoalmente para auxiliá-la. Abri a plataforma do curso com a aluna e fui pedindo que ela lesse as instruções passo a passo, observando as gravuras, e assistindo aos tutoriais. Tomei o cuidado de incentivá-la a seguir as instruções sozinha e honestamente só fiquei ao seu lado confirmando o que ela achava que deveria fazer. O que esta experiência me ensinou? 1- muitos participantes não lêem as instruções em detalhe. 2- alguns participantes que nunca fizeram cursos online parecem ficar perdidos em meio à informação não linear das páginas da web.

As dificuldades das duas alunas essa semana me fizeram lembrar desse caso vivido por mim algum tempo atrás e me perguntar: será que as instruções não estavam claras? será que as pessoas estão acostumadas ao professor ensinando tudo e têm dificuldade em tentarem aprender explorando? será que o problema é o letramento digital, ou seja, a dificuldade em ler num novo formato?

Não quero aqui reclamar de ter que dar esse auxílio extra, de forma alguma, e acredito que os alunos devem sim verbalizar em alto e bom som quando encontram dificuldades para que os colegas e o professor/moderador possam ajudá-lo. Eu fico muito feliz em ver que pude ajudar um aluno, no entanto, me questiono sobre como esses alunos se sentem e o que faz com que aprender online seja tão difícil. Imagino quantos alunos acabam desistindo de cursos online por não receberem um auxílio individual.


14/02/13



O Carnaval já passou e o povo brasileiro pouco a pouco volta à vida normal. Eu, como sempre ansiosa, vejo que muitos dos participantes do curso pelo jeito ainda nem abriram seus e-mails. É a vontade de começar a viver essa experiência e de ver como tudo vai acontecer.


Esta semana, com o início do curso, alguns participantes já entraram em nossa plataforma de comunicação deixando mensagens iniciais se apresentando. Procurei estar presente dando boas vindas e incentivando a troca de mensagens entre os participantes. É claro que tudo ainda está bem no início.

Um ponto interessante que observei é que apesar de ter afirmado no vídeo introdutório que o curso será em Português, alguns professores optaram por usar o inglês nas mensagens individuais, explicando que querem praticar o inglês.

Ao pensar em oferecer esse curso, inicialmente havia pensado em ser todo em inglês como sei que muitos de nós professores de inglês gostamos da oportunidade de praticarmos o idioma, mas pensando na importância dos momentos reflexivos que buscarei promover, talvez o uso do Português seja mais fácil. Vamos ver o que os participantes decidem, vou deixar a critério de cada um.

Esta semana também estou envolvida com o planejamento de nosso primeiro webinar. Criei a apresentação ppt de apoio e cada dia me lembro de mais alguma coisa a acrescentar. Essa coisa de mudar de plataformas dá um trabalho e me preocupa também não confundir a cabeça do pessoal com tantas plataformas diferentes. Todo cuidado é pouco.

Em relação ao webinar, o primeiro desafio será encontrar um horário em que mais professores possam participar. Mesmo sendo no final de semana, já recebi 2 e-mails dizendo que não poderão estar presentes por causa de compromissos profissionais. Como sei como esses momentos de encontro são importantes para o entrosamento do grupo gostaria muito de ter o máximo de pessoas possível. Outra fonte de preocupação também é com a parte tecnológica mesmo. Por experiência anterior, sempre tem alguém que fica frustrado por não conseguir entrar na sala de aula virtual por algum motivo técnico, como incompatibilidade no computador.

Ainda não sei bem como resolver esta questão já que no momento de entrada de todos, vou estar envolvida com a preparação do ambiente, preparando os slides, testando microfone, webcam e providenciando a gravação da aula. Será que consigo alguém pra me ajudar pra ficar dando apoio pra quem não consegue entrar? Pelo menos a aula será gravada e pode ser assistida depois.


30/01/13



Finalmente, vamos poder começar o curso online. Fiz a divulgação por meio do facebook com um cartaz virtual utilizando o site SMORE , mensagens por e-mail e alguns cartazes no bloco do curso de Letras na UFU. Fiquei muito contente com a participação de tantos colegas e amigos na divulgação do curso, compartilhando o cartaz virtual com seus próprios amigos. Com dois dias de inscrição estamos quase com todas as vagas preenchidas.


Alegrias , surpresas e dilema, foram as lembranças desta semana. Minha grande surpresa, pra não dizer choque foi descobrir que umas das plataformas escolhidas para a criação dos portfólios individuais está praticamente desativada (Posterous). Tenho utilizado o Posterous para criação de portfólios há alguns anos pela facilidade de publicação mas esta semana decidi investigar uns rumores procurando informações no Twitter. Realmente, Posterous parece estar se preparando para fechar as portas, e o que fazer agora prestes a iniciar o curso? Por esse motivo é tão importante conhecer ferramentas diferentes que podem atender a mesma necessidade.

Desta vez, foi um pouco mais complicado pois não conhecia nenhuma outra plataforma que fosse tão simples quanto o Posterous. Pesquisei um pouco no Google e vi referências à praticidade de publicação de blogs no TUMBLR. Como não tenho prática nesta plataforma, decidi por reativar meu blog no Tumblr e explorar o site o máximo possível. Gostei do que vi, realmente é bem simples e fiz minha escolha. O passo seguinte foi reescrever as instruções para a semana 2, que propõe a criação dos portfólios virtuais, e gravei alguns tutoriais em vídeo para mais auxílio. Decidi também deixar a critério dos participantes a escolha da plataforma para a criação dos portfólios caso eles já conheçam outra plataforma.

O dilema foi quanto ao público alvo que seriam professores de inglês da rede pública de Uberlândia. Bom, à medida que a semana passa e mais pessoas procuram o curso estou tendo que repensar esses parâmetros. Por que oferecer o curso somente para professores de Uberlândia? Pelo fato do curso ser em ambiente virtual, acredito que termos professores de outras cidades não é problema, pode ser até mais interessante trocarmos ideias sobre outras realidades. O foco ainda está primordialmente no oferecer o curso para professores da rede pública, vamos ver .....




26/12/2012



Acredito que agora já está praticamente tudo pronto para iniciarmos o curso online. As plataformas já estão montadas, os vídeos tutoriais prontos e os links de leituras já testados, tudo pronto pra receber o grupo. Pensando em promover a presença social durante o curso online, além de preparar as plataformas, preocupo-me também com maneiras de me fazer presente durante o curso.


Durante cursos online dos quais participei anteriormente, percebi que a presença do moderador é muito importante para que os participantes não se sintam abandonados. Uma amiga após participar de um curso online me relatou não ter gostado da experiência por ter se sentido muito só. Sentia que ninguém a via, nem os moderadores e nem os participantes, e que sua presença ali ou sua ausência não fariam nenhuma diferença. Em suas palavras, sentiu-se "só no meio da multidão".

Com o objetivo de fazer-me presente, penso ser importante os feedbacks, sendo assim, tentarei responder aos pedidos de ajuda o mais rápido possível, gravarei vídeo-tutoriais utilizando minha webcam para aqueles que precisarem de uma ajuda especial, enviarei um resumo das atividades desenvolvidas na semana por e-mail para os participantes e organizarei 4 aulas síncronas onde teremos a oportunidade de nos encontrarmos todos no mesmo horário em uma mesma sala virtual e assim podermos trocar mensagens em tempo real e talvez nos ver e ourvir. Estou considerando também a possibilidade de sugerir um encontro presencial ao final do curso para comemorarmos.Um encontro assim deve ser interessante.

Na primeira semana de curso, na tentativa de integrar os participantes, cada um irá apresentar-se ao grupo e serão convidados a trocarem mensagens em nossa plataforma de comunicação. Procurarei incentivar também que os participantes vivestes os portfólios virtuais uns dos outros. Em experiências anteriores, notei que os participantes parecem mais motivados com uma maior troca de mensagens.

Para evitar que os participantes atrasem as tarefas e fiquem desmotivados em continuar o curso, ao final de cada semana, verificarei quem ainda não desenvolveu as tarefas e enviarei uma imagem divertida incentivando-os a não ficarem para trás .

A ansiedade pra começar é grande. Será que conseguirei um número bom de participantes? O próximo passo é divulgar o curso nas redes sociais e espalhar cartazes pelas escolas públicas e na universidade.


16/10/2012



Pensei, pensei e tentei alterar as atividades do curso incluindo momentos em que os professores-participantes poderiam também contribuir com sites e ferramentas de internet conhecidas por eles.

Li meu projeto pro grupo de estudos e pouco a pouco com valiosas sugestões, pude visualizar diferentes possibilidades para o curso. Abri espaço para que os professores possam pesquisar e sugerir as ferramentas a serem exploradas em cada semana.

A partir do projeto modificado, alterei completamente o planograma com as atividades semanais. A próxima mudança então foi na plataforma de atividades, um wiki, que estou preparando com vídeos links, artigos para leitura e instruções sobre o curso.

Venho baseando-me muito em minha experiência anterior como moderadora de cursos online para tentar prever as dificuldades que poderão surgir e atividades que possam de alguma forma ir oferecendo  o suporte necessário para atividades mais complexas.

Tenho  preocupado-me em especial com a clareza das instruções das atividades semanais, já que grande parte do curso será assíncrona e cada participante desenvolverá as atividades a seu tempo. Outro ponto importante é tentar fazer da plataforma do curso um ambiente visualmente agradável  e claro, utilizando-me de diferentes imagens , vídeos e exemplos.

Ainda não sei se os participantes terão dificuldades ou não em encontrar ferramentas de internet para o quadro de sugestões. Também não sei se farão as sugestões em tempo hábil para o início da semana seguinte. Tudo é muito novo pra mim e  estou tentando aprender a abrir mão do total controle do que irá acontecer durante o curso.

08/10/2012



Estou ansiosa pra começar a pesquisa que me propus desenvolver. Gostaria de investigar como professores-participantes e eu vivenciamos a presença social num contexto de curso virtual. Para tal, pretendo oferecer um curso de extensão online para um grupo de 20 professores de inglês da rede pública de Uberlândia, a cidade onde vivo, trabalho e estudo.


O primeiro passo foi criar um projeto para o curso de extensão para encaminhar para o Siex. A primeira proposta que desenvolvi seguiu os modelos de curso online que tenho visto e participado. A cada semana, os participantes têm uma lista de tarefas a desenvolver sugeridas pelos moderadores.

Enviei a proposta à minha orientadora e ao grupo de estudos do qual faço parte, o GPNEP, e suas sugestões mexeram comigo. Uma das observações feitas foi que o curso estava muito transmissionista como se eu fosse a detentora de todo o conhecimento e os participantes estivessem ali só para aprender comigo.

É claro que uma observação assim me incomodou. Que professor quer ter atitudes transmissionistas? Posso ter sim uma atitude transmissionista em relação ao ensino, afinal, sempre me vi com a função de transmitir aquilo que sabia. Mas com minha experiência em ambientes virtuais também aprendi que podemos aprender em comunidade e os papéis aprendiz e professor muitas vezes se alternam. Como criar um curso online sem desconsiderar o conhecimento prévio dos participantes? Como esperar contribuições dos participantes e ao mesmo tempo auxiliar aqueles que têm pouca ou nenhuma experiência com a internet? Como planejar atividades para estimular a construção do conhecimento em comunidade? Perguntas que venho me fazendo.

Apesar do incômodo em ter minhas propostas criticadas, não há como negar que desde então venho questionando muito mais minha visão sobre ensinar e aprender.